INSS: 74% dos 2 milhões de pedidos parados são de aposentadorias

A quantidade de análises a serem feitas preocupa o alto escalão do órgão. Governo prepara uma força-tarefa para desafogar a fila de espera

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Mais de 2 milhões de brasileiros aguardam a aprovação de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A maior concentração é de pedidos de aposentadoria.

Do volume total, 1,4 milhão é de pedidos de aposentadorias – o equivalente a 74%. O restante são requisições de Benefício de Prestação Continuada (BPC) – pago a idosos e pessoas com deficiência –, auxílio-doença e salário-maternidade, entre outros.

A quantidade de análises a serem feitas tem preocupado o alto escalão do órgão. A legislação prevê que nenhum segurado deva esperar mais que 45 dias para ter seu pedido de benefício analisado pelo INSS.

Em último caso, o governo cogita a contratação de terceirizados para atuar no atendimento ao público nas agências do INSS. Com isso, funcionários do órgão ficariam liberados para trabalhar nas análises dos benefícios.

Servidores remanejados
Desde o ano passado, o governo tenta reequilibrar o quadro de servidores do INSS. O Ministério da Economia remanejou 319 servidores da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que será extinta, para o órgão. Neste mês, o processo se repetiu, mas em menor escala.

Técnicos avaliam que dois fatores degringolaram a situação: a fila de pedidos de benefícios herdada de 2018 e a demora do Dataprev no desenvolvimento do novo sistema com as regras da reforma.

O INSS suspendeu a análise de pedidos de segurados feitos após a promulgação da reforma da Previdência, ou seja, desde o último dia 13 de novembro. A medida pode prejudicar, sobretudo, quem está sem emprego e tem direito ao benefício.

Reajuste
Pode ser anunciado nesta sexta-feira (10/01/2020) o reajuste no INSS referente aos salários dos segurados para 2020. Com a determinação, pelo menos 11,5 milhões de pensões e pagamentos serão abrangidos pelo reajuste.

O reajuste é definido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), conforme o valor acumulado no ano anterior, ou seja, o acumulado de 2019.

Fonte: Metropoles