O IV Congresso Nacional da Nova Central Sindical de Trabalhadores foi encerrado na última quarta (28) em Luziânia, cidade goiana no Entorno de Brasília. Após três dias de intensos debates, os cerca de mil delegados reafirmaram o posicionamento firme da entidade contra a política neoliberal do governo Temer e suas reformas.
Após o evento, a Agência Sindical ouviu o professor Sebastião Soares, um dos principais dirigentes da Central. “Durante o Congresso, acompanhamos uma demonstração positiva da democracia sindical. A Nova Central assumiu o movimento pelas Diretas Já! Nosso compromisso de unidade de ação com as outras Centrais foi ratificado. Com isso, qualquer conversa com o governo só será feita se todas estiverem presentes”, afirma Sebastião.
Segundo o dirigente, a pauta principal do Congresso foi o combate às reformas, mas sem deixar de abordar outros temas importantes para os trabalhadores e o País. “As discussões em torno das reformas foi o centro dos debates, mas discutimos também a dívida pública e o combate aos juros altos. Pois é isso que pode gerar empregos. Não é com reformas que retiram direitos dos trabalhadores que colocaremos o País nos trilhos”, explica Sebastião.
Funcionalismo – A Agência falou também com Lineu Mazano, dirigente do funcionalsimo paulista, que assumiu a Secretária Nacional do Setor Público da Nova Central. Ele avalia positivamente o Congresso: “O engajamento dos trabalhadores na luta contra a retirada de direitos é um dos nossos desafios”.
“É uma covardia o que estão tentando fazer. Retirar direitos, precarizar o trabalho e acabar com o sindicalismo não é solução para essa crise que o Brasil está passando. Pelo contrário. Vamos afundar ainda mais o País”, comenta.
Palestras – O IV Congresso teve ainda a presença de especialistas, que aprofundaram o debate de temas específicos. Entre eles, o sociólogo Clemente Ganz Lucio, diretor-técnico do Dieese; o jornalista Antônio Augusto de Queiroz, diretor de Documentação do Diap; André Santos, assessor parlamentar do Diap; Maria Lúcia Fattorelli, fundadora do movimento “Auditoria Cidadã da Dívida”; o economista Marcio Pochmann; e o diretor da Anfip Vilson Romero.
Fonte: Agência Sindical