O primeiro semestre do ano foi positivo para a indústria nacional de papéis, especialmente no segmento de Imprimir e Escrever (I&E). O desempenho geral superou o do ano anterior, auxiliado pelos resultados de I&E, conforme descrito na edição 26 do relatório Cenário Ibá.
A produção nacional total cresceu 0,5% em 2016 ante o primeiro semestre de 2015, saltando de 5.127 mil toneladas para 5.155 mil toneladas. Já a produção de papéis para imprimir e escrever superou em 0,7% o total do ano anterior, passando de 1.242 mil toneladas para 1.251 mil toneladas no período de comparação.
Nas vendas domésticas, a participação de I&E foi maior. Segundo o relatório, as vendas no segmento cresceram 1,6%, enquanto o total teve ligeira alta de 0,3%. No primeiro semestre de 2016, o mercado interno comprou 2.639 mil toneladas de papéis nacionais, dos quais 719 mil toneladas foram dos tipos destinados à impressão e escrita. Em 2015, foram 2.631 mil toneladas de vendas domésticas totais, 708 mil toneladas de I&E.
O mercado interno compensou a discreta queda nas exportações de imprimir e escrever, único segmento que não superou os números do ano anterior. Entre janeiro e junho deste ano, o relatório mostra que foram exportadas 1.058 mil toneladas de papéis, 7,2% mais que as 987 mil toneladas de igual período de 2015. Foram embarcadas este ano 462 mil toneladas de papéis para I&E, duas toneladas a menos que no período anterior.
Conforme os dados do semestre, a indústria nacional tem conseguido ocupar o espaço das importações, que se mantiveram em baixa. O segmento de I&E é o que tem maior necessidade de produtos importados e nos seis meses do ano apresentaram a maior retração. O relatório da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) aponta que as importações gerais recuaram 34,2% e as de I&E 36,5%, no comparativo do primeiro semestre. Entre janeiro e junho deste ano, foram importadas 325 mil toneladas de papéis em geral, sendo 132 mil toneladas de I&E, 82 mil toneladas no grupo de outros (diversos), 72 mil toneladas de papel jornal, 18 mil toneladas de papéis para embalagens, 18 mil toneladas de papel cartão e 3 mil toneladas de papel sanitário.
Com estes números apresentados, o consumo aparente de papéis no Brasil caiu 4,6%, de 4.634 mil toneladas para 4.422 mil toneladas, como divulgado. Considerando apenas o segmento de imprimir e escrever, o consumo interno aparente foi de 921 mil toneladas, queda de 6,6% ante as 986 mil toneladas apuradas no primeiro semestre do ano passado.
Fonte : Celulose Online