Os planos de expansão da fábrica de celulose Eldorado planejados pelos antigos donos não devem ser levados adiante pela nova direção, pelo menos por enquanto. A Paper Excellence, que arrematou a planta do grupo J&F por R$ 15 bilhões, quer primeiro integrar a produção da unidade de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, com as demais sucursais do grupo.
Foi o que disse o presidente-adjunto da companhia, Pedro Chang. “Integrar nossa operação e depois melhorá-la. Queremos ver a eficiência, a produtividade. Também queremos fazer a integração com a equipe da Paper Excellence, que é muito boa. Primeiro vamos integrar ambas as companhias e depois vamos olhar as oportunidades”, afirmou.
Segundo o executivo, a recente aquisição permitirá a expansão dos negócios, já que eles trabalhavam com fibras longas e pasta mecânica de celulose, usadas na fabricação de papel cartão.
Esse projeto para aumentar as instalações deveria começar em 2018, mas quando o nome da empresa e de alguns executivos foram envolvidos em operações contra a corrupção os planos foram adiados para 2019 e depois para 2020.
A celulose brasileira será vendida principalmente ao mercado asiático. “A China, atualmente, olhando para o tamanho da população, está superando 1,3 bilhão de pessoas. No Sudeste Asiático, temos outros países como Indonésia, também com população crescente, então vamos [fornecer para esses mercados]”, pontua.
Questionado sobre os motivos que levaram a Excellence a escolher a Eldorado, Chang disse ao Valor que o Brasil está em posição de liderança em termos de produtividade no setor, o que tornava a compra da fábrica de Três Lagoas uma boa oportunidade de aproveitar esse momento. Contudo, construir uma unidade do zero demandaria tempo e burocracia.
A compra da Eldorado foi vista como “chance de ouro” pelos dirigentes da Paper Excellence, que arrematou a fábrica dos irmãos Batista por R$ 15 bilhões.
Fonte: Celulose Online