As Centrais CUT, Força Sindical, UGT e CTB se reuniram na manhã da sexta (2), na sede do Dieese, para debater as ações do movimento sindical frente às mudanças estruturais impostas pelas reformas neoliberais de Michel Temer.
Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), a reunião foi importante para analisar as novas exigências da conjuntura atual.
“Avaliamos nossa conduta nesse início de 2018. Achamos por bem reforçar o trabalho unificado das Centrais Sindicais. Propusemos um Grupo de Trabalho para que possamos elaborar um documento único de orientações para este ano, que tem eleições”, explica.
O dirigente disse à Agência Sindical que esse documento também deve conter itens, que serão apresentados a todos os candidatos. “Apresentaremos propostas sobre o que seria importante para o nosso País, a partir da ótica da classe trabalhadora", ressalta Juruna.
Ele conta que as Centrais estão atentas ao debate em torno da reforma trabalhista, que começa nesta terça (6) com a instalação da comissão mista que analisará a MP 808/17, que altera pontos da Lei 13.467/17. "Vamos acompanhar de perto as discussões, inclusive no que trata da contribuição sindical. Vamos procurar conversar com parlamentares e buscar um entendimento sobre o assunto", afirma.
"Foi um encontro informal. Serviu para ouvir ideias sobre como será o posicionamento das Centrais com relação à nova conjuntura do País. As mudanças são graves, mas o movimento sindical pode jogar um papel fundamental. Ao se reinventar, pode atuar e mudar as regras do jogo", afirma o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.
Clemente avalia que formação e comunicação serão fundamentais nesta etapa. "O dirigente sindical precisa buscar uma boa formação. Ele é o elemento de contato com as bases e leva a informação aos trabalhadores. O movimento sindical tem que entender que a comunicação tem que ser valorizada, para que não haja distorções e facilite a mobilização", explica.
CTB - As Centrais também abordaram os números alarmantes do desemprego. "Além do desemprego, tem o avanço da tecnologia, que contribui com extinção de postos de trabalho. Está em curso um duplo desafio, gerar emprego e garantir que a força de trabalho existente não seja excluída do processo de modernização", destaca Adilson Araújo, presidente da CTB.
Os dirigentes voltam a se reunir na próxima sexta (9), novamente na sede do Dieese.
Fonte: Agência Sindical