Dirigentes da CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central, CSB e Intersindical se reúnem nesta quarta (10), em São Paulo, para formalizar apoio à candidatura de Fernando Haddad à presidência da República no segundo turno. Os sindicalistas apostam na formação de uma frente ampla para enfrentar a extrema direita.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, disse à Agência Sindical que está sendo elaborado um documento unitário, a ser entregue ao candidato, com base na pauta unitária da classe trabalhadora. “O retrocesso está no quintal de nossa casa e não podemos permitir que entre”, afirma.
As Centrais, que se alinharam a diferentes candidaturas no primeiro turno, identificam agora no adversário do petista uma ameaça concreta de continuidade dos efeitos negativos da reforma trabalhista e perseguição ao movimento sindical.
“Temos um ambiente que retrata um extremismo de direita. A candidatura Haddad tem compromisso com a classe trabalhadora. Podemos debater como gerar emprego, educação e saúde de qualidade, por exemplo”, destaca Adilson.
A Força reuniu sua direção na segunda (8) e indicou aos filiados o apoio a Haddad. No encontro, seu presidente interino Miguel Torres apontou: “Precisamos atuar unidos, com base na pauta trabalhista construída pelo conjunto das Centrais”. A entidade também decidiu abrir diálogo com o candidato do PSB ao governo de São Paulo, Márcio França.
O Conselho Político da CTB, que apoia o candidato do PT desde o primeiro turno, também se reuniu e divulgou uma resolução com o seguinte título: “Eleger Haddad e derrotar o fascismo”.
Segundo Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente da Nova Central - SP, nesta terça (9) o apoio unitário ao candidato foi definido. “Alinhavamos um documento, que será entregue ao Haddad. O quadro que se desenha é de um profundo retrocesso e os trabalhadores correm o risco de perder direitos conquistados ao longo de anos. Não podemos permitir”, diz.
Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, destacou a importância de mobilizar todas as categorias em defesa dos direitos. “Temos que eleger o Haddad porque ele tem projetos e propostas voltadas para o trabalhador. A outra alternativa é jogar a classe trabalhadora no trabalho precário e totalmente sem direitos”, afirma.
O encontro com Fernando Haddad será nesta quarta, em São Paulo, a partir das 16 horas.
Fonte: Agência Sindical